Somente a construção ou renovação de 12 estádios excedeu oito milhões de reais, superando o orçamento da Alemanha (2006) e África do Sul (2010) juntos. Em 2010, a previsão era de gastar cerca de 5,5 milhões de reais, um aumento de 45%, pelo menos, segundo os calculos apresentados pelo El País, que ainda prevê que esses números podem aumentar com a proximidade do torneio. A matéria diz que os atrasos em todos os estádios que vão sediar os jogos, são atribuídos a dificuldades financeiras ou às greves dos funcionários por melhores salários e condições de trabalho, comentando que trabalhadores já morreram nas obras.
Segundo o El País, o estádio de Brasília será o mais caro, com um pouco mais de 70 mil lugares, o Mané Garrincha deve custar 1,4 milhões de reais, o dobro do orçamento inicial de 696 milhões. "A região carece de tradição no futebol e não tem equipes nas duas primeiras divisões nacionais", destaca o jornal internacional.
"Mas o caso de Manaus é o mais emblemático", diz o jornal. Ressalta que perto da fronteira com a Colômbia, Peru e Venezuela, a cidade fica a quase 2 mil quilômetros de distância dos locais dos jogos tabelados para a Primeira Divisão brasileira. A Arena Amazônia só vai sediar quatro jogos da primeira fase, incluindo a partida entre Itália e Inglaterra, o que provocou declarações polêmicas dos treinadores ingleses, que temiam o clima quente e úmido da cidade e disseram que preferiam cair no grupo "da morte", ao invés de jogar lá. "Seu legado será certamente os milhares de lugares vazios", prevê o jornal espanhol. Enquanto isso, Curitiba luta agora contra a ameaça de ser removida da lista de sedes da Copa do Mundo. De acordo com o texto, na próxima terça (18/2) a cidade deve passar por um exame final para convencer a Fifa de que seu estádio está pronto para o torneio. Esse é o prazo estabelecido pelo secretário-geral da Fifa, o francês Jérôme Valcke, depois de um mês em sua última inspeção para a cidade.
Após o ultimato emitido por Valcke na inspeção, foi contratado muitos trabalhadores que aderiram ao reforço. Trabalho progrediu e a Fifa terá "uma grande surpresa", afirmou ao jornal o secretário municipal de Curitiba para o assunto, Reginaldo Cordeiro. Porém, a reportagem diz que a atmosfera é de tensão em Curitiba. Muitas pessoas têm feito planos para se acerca do campeonato. "Os haitianos estão buscando uma oportunidade (...) após o terremoto. Cerca de 65 deles trabalham no estádio. E o Sindicato dos Trabalhadores na Construção (Sintracon) em Curitiba, disse que, a cada semana, cerca de 15 haitianos migram para a região, onde há queixas da corporação sobre os baixos salários, moradias precárias e da falta de segurança.
Nessun commento:
Posta un commento