venerdì 22 novembre 2013

Brasil e Argentina assinam acordo para plano de combate à espionagem

A Argentina e o Brasil deram os primeiros passos em direção a implementação de um plano para "blindar" os dois países no espaço cibernético, após as denúncias de espionagem internacional pela Agência de Inteligência dos Estados Unidos. O tratado ainda prevê apoio das Nações Unidas (ONU) em uma cláusula inovadora para o Brasil, que enquadra como violação dos direitos humanos os casos de invasão de privacidade por meio das novas tecnologias.
Segundo o jornal argentino La Nación, a iniciativa de criação do tratado de segurança cibernética foi em comum acordo com os dois governos e nesta quinta-feira (21) foi fortalecido ao chegar em Brasília, apresentado por uma delegação dos Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores da Argentina. Os ministros da defesa dos países, Agustín Rossi, da Argentina, e Celso Amorim, do Brasil, se reúnem nesta sexta-feira (22) para discutir os pontos principais do acordo. "Precisamos nos preparar para rejeitar qualquer tentativa de atingir um alvo, provindo de qualquer lugar", disse Rossi. Os ministros vão receber as delegações responsáveis pelo trabalho de treinamento de defesa cibernética.
A reportagem do La Nación destaca que o acordo bilateral inclui a formação de militares e do serviço de inteligência pelas delegações. Os países pretendem abrir um escritório para centralizar todas as informações e tarefas relacionadas à defesa cibernética. "No Brasil, eles já estão mais avançados nesta área e, de fato, grande parte da administração federal terá novos sistemas de criptografia de informações para ajudar a evitar espionagem externa", destacou o jornal.
O governo brasileiro tem a intensão de desenvolver esse acordo no Conselho de Defesa Sul-Americano da Unasul, de acordo com o La Nación. A reportagem reforça que o Brasil quer proteger o futuro dos recursos naturais do seu território e trava uma relação com os relatórios públicos onde o Ministério da Defesa define que os leilões internacionais programados para os próximos anos tem foco na defesa de áreas naturais, como a Amazônia e centros de energia não-renovável. A presidente Dilma Rousseff quer apresentar, juntamente com o governo da Alemanha e com o apoio estratégico de outros países europeus e latino-americanos, entre eles a Argentina, uma postura inovadora no próximo debate da Assembleia Geral da ONU e exigir a aprovação de uma cláusula atualizada sobre violação da privacidade dos cidadãos, considerando como uma violação direta aos direitos humanos.
O La Nación entrevistou diplomatas brasileiros e afirma que a presidente Dilma Rousseff acredita que os Estados Unidos vão fazer uma forte pressão para evitar a cláusula que especifica esse tipo de violação. A matéria comenta que não foi apenas uma coincidência o fato da presidente brasileira insistiu no apoio ao bloco regional contra a espionagem, na última reunião do Mercosul, em Montevidéu. Após disso, o Brasil fez uma convocação para uma conferência que será realizada na próxima comunicação global programada para março de 2014, na cidade do Rio de Janeiro, com a pretensão de adicionar parceiros na luta contra a espionagem global.

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